Em julho de 2017 vi aqui no LSM uma prática muito interessante para o ensino de equações do 1° grau e resolvi utilizá-la em sala de aula, até então, trabalhava este conteúdo com o “Baralho das Equações” (anexo 1). Tenho que confessar que por vezes ao adotar uma aula diferenciada proposta por colegas, costumo adequá-la de forma a poder aplicá-la por incontáveis vezes. Assim, com muito respeito às professoras Juliana e Adrielly, trabalhei da seguinte forma:
Em julho de 2017 vi aqui no LSM uma prática muito interessante para o ensino de equações do 1° grau e resolvi utilizá-la em sala de aula, até então, trabalhava este conteúdo com o “Baralho das Equações”. Tenho que confessar que por vezes ao adotar uma aula diferenciada proposta por colegas, costumo adequá-la de forma a poder aplicá-la por incontáveis vezes. Assim, com muito respeito às professoras Juliana e Adrielly, trabalhei da seguinte forma:
Materiais Utilizados
- Tabuleiro (grade oceano): impressão em papel couchê ou fotográfico tamanho A4, revestido com contact ou envelope plástico. São duas grades para cada jogador: “seu jogo” e “seu adversário”.
- Peças: impressas em papel couchê ou fotográfico e depois recortadas.
- Canetas: marcadores para quadro branco.
- Lenço de papel.
- Lista de equações do 1º grau correspondentes a cada tipo de embarcação, também revestida com contact ou envelope plástico.
- Pasta sem grampo: onde o jogador colocará a grade oceano “meu jogo”.
Desenvolvimento
A descrição dos objetos é a mesma adotada pelas professoras Juliana e Adrielly no artigo original. No entanto, optei aqui em não utilizar uma única grade oceano como campo de batalha a fim de evitar sobreposição de peças, diante disso, dispus para cada jogador duas grades “seu jogo” para a disposição de sua frota e marcação dos tiros dados por seu adversário, e “seu adversário” para marcação dos tiros dados contra seu adversário e as peças atingidas/afundadas (Figuras 1 e 2).
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Figura 1 |
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Figura 2 |
Optei ainda pela criação de uma lista contendo 26 equações para cada tipo de embarcação, ao invés de escrever a equação na própria embarcação o que tornaria menos dinâmico se reutilizarmos as mesmas peças em nova partida (Figura 3).
Inclui as pastas como proteção das grades de cada jogador, do olhar curioso do seu adversário (Figura 4).
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Figura 4 |
As regras do jogo foram mantidas.
Avaliação
Esta aula diferenciada foi aplicada em três turmas do 8°ano.
No jogo “Baralho das Equações” os alunos trabalham em equipe, 36 equações sem a percepção do total de equações resolvidas. Embora no “Batalha Naval de Equações” o montante trabalhado de equações seja menor, considerando 15 embarcações por jogador, o dinamismo do jogo é mais envolvente. É incrível como a vontade de afundar uma embarcação (Batalha Naval) é maior do que a de eliminar as cartas contidas em suas mãos (Baralho das Equações).
Observei também que ao escolherem a equação que o adversário teria que resolver, os alunos optavam por aquelas que julgavam “difíceis”, mas como tinham também que resolvê-las para saber se o adversário apresentou a solução correta, acabaram por aceitar a sugestão de resolverem juntos a equação, o que seria mais simples para o grupo em detectar algum engano, favorecendo mais ainda a construção coletiva do conhecimento, dessa forma deixaram um pouco a competitividade e trabalharam de forma colaborativa.
Esta aula teve aceitação unânime nas três turmas, reverberando por quase um mês de aulas subseqüentes.
Cabe sugerir que esta prática pode ser trabalhada com outros conteúdos, criando apenas uma lista de exercícios correspondentes.
Parabéns às professoras Juliana e Adrielly e obrigada por compartilharem a prática.
Os tabuleiros, peças e lista de equações utilizadas podem ser baixados, para impressão, neste link.
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Os tabuleiros, peças e lista de equações utilizadas podem ser baixados, para impressão, neste link.
Este é um artigo convidado, foi escrito e enviado por Rose Cavalcante, professora da SMEI.